Atraso nas parcelas do financiamento imobiliário: quais são os riscos?
Atrasar as parcelas do financiamento é uma situação comum, seja por problemas financeiros, falta de organização ou mesmo esquecimento da data de vencimento. Porém, essa é uma prática que deve ser evitada.
O atraso pode gerar sérios problemas, desde aumento do valor devido até a perda do imóvel. Por isso é fundamental ter um bom planejamento financeiro e se organizar para esse pagamento.
Neste texto nós mostraremos quais são as consequências de atrasar as parcelas e como evitar essa situação. Confira a seguir!
Juros e multa
O primeiro risco de atrasar as parcelas do financiamento é o pagamento de juros e multa de mora ou moratórios. Essas cobranças são aplicadas justamente quando há um atraso na quitação de uma conta.
Os juros são cobrados considerando o valor da parcela e eles ficam mais altos conforme o tempo passa, ou seja, quanto mais demora no pagamento, maiores serão os juros.
Por lei, os juros são limitados a 1% ao mês e, se o atraso for menor do que 30 dias, o percentual é de 0,033% ao dia. Assim, é fundamental quitar o valor o quanto antes.
Já a multa é fixa não considera quanto tempo de atraso a conta tem. Ela é limitada a 2% do valor da parcela do financiamento atrasada, mas cada instituição financeira tem a sua própria taxa.
Nome negativado
Outra consequência de atrasar as parcelas do financiamento é ter o nome negativado. Isso acontece quando a instituição financeira inscreve o CPF do devedor nos cadastros de inadimplentes.
Você pode conhecer isso como ter o nome no Serasa ou SPC. Essas empresas têm cadastros de pessoas que estão devendo e servem para informar quem não mantêm suas contas em dia.
Isso pode ter consequências muito ruins, pois esses cadastros são acessados por outras empresas, como lojas, bancos e cooperativas de crédito, então outras compras e empréstimos podem ser negados caso exista essa inscrição.
Retomada do imóvel
A retomada do imóvel é a consequência mais grave em caso de atrasos das parcelas. Os contratos de financiamento são feitos com a chamada alienação fiduciária, ou seja, até o fim do pagamento, o imóvel ainda pertence à instituição financeira, alienado ao contratante.
Nesses casos, o imóvel é utilizado como garantia da própria dívida. Assim, se houver o atraso de parcelas, o banco pode retomar o imóvel e utilizá-lo para a cobrança.
Geralmente, existe um prazo para que isso aconteça, mas depende de cada contrato. O comum é que ocorra a retomada no caso de dívidas de 3 a 6 meses das parcelas do financiamento.
Essa prática é totalmente legal, por isso, é fundamental ler bem o contrato para entender quando há retomada do imóvel e se planejar para não deixar a dívida acumular até que isso seja feito.
Como você viu, atrasar as parcelas do financiamento é muito arriscado e traz diversos problemas sérios. Por isso, é essencial fazer um bom planejamento financeiro e uma pesquisa antes de adquirir o imóvel. Se você está passando por uma situação difícil, também dá para falar com a instituição financeira e renegociar as prestações, ou mesmo analisar a possibilidade de utilizar o FGTS para pagamento.
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